Alunos de Medicina na UFRGS organizam roda de conversa sobre aborto legal

Alunos de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul participaram de uma roda de conversa sobre o aborto legal na última segunda-feira (5/6). A atividade foi organizada pela Liga de Medicina de Família e Comunidade, coletivo de estudantes que se interessou pelo tema após contato com o livro “Violência Sexual e Direito ao Aborto Legal no Brasil: fatos e reflexões” ( Editora Fiocruz), escrito por integrantes do Fórum Aborto Legal, e fez o convite à professora Camila Giugliani, uma das autores.

O livro foi usado como guia a partir do qual os alunos expuseram suas dúvidas. Camila Giugliani abordou o aborto legal desde o aspecto histórico até o contexto atual, incluindo os importantes avanços nas legislações dno Uruguai, Argentina e Colômbia. Os estudantes também estavam interessados no posicionamento da categoria médica em relação ao tema e na idade gestacional limite para fazer o aborto legal. Eles refletiram sobre a importância de abordar o tema em uma perspectiva ampla de saúde pública e direitos sexuais e reprodutivos e sobre a necessidade de os profissionais de saúde dialogarem sobre o tema e defenderem os direitos sexuais e reprodutivos.

“Foi um encontro estimulante e motivador, ver que há jovens, futuras médicas e médicos com posicionamento ético e crítico me deixou feliz. Dá esperança vê-los motivados e engajados”, disse a professora Camila Giugliani.

A estudante de Medicina Maria Eduarda Mayer acredita que a roda de conversa foi importante para entender o que a legislação diz sobre o tema e os casos em que o aborto é permitido em lei, além de discutir a importância do aborto legal como como uma política de saúde pública e o o seu impacto no sistema de saúde e na vida das mulheres”.

“Não temos muito espaço para falar sobre essa temática dentro da faculdade. Por isso, esse diálogo foi essencial para nos possibilitar uma compreensão melhor. Como futuros profissionais da saúde, precisamos estar bem informados sobre o tema para nos posicionar sobre ele”, explica Maria Eduarda.

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