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Dia da Médica e do médico: conheça o papel deste profissional de saúde nos serviços de aborto legal

  • Foto do escritor: Forum Aborto Legal RS
    Forum Aborto Legal RS
  • 18 de out. de 2022
  • 2 min de leitura


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Nesta terça-feira em que celebramos o Dia da Médica e do Médico, queremos dar ênfase à importância destes profissionais nos serviços de aborto legal.


Profissionais de medicina integram uma equipe multidisciplinar composta ainda por psicólogas(os), enfermeiras(os) e assistentes sociais. Essa equipe é responsável desde a organização do atendimento até o processo de decisão pelo aborto nos casos de gravidez por estupro.


A médica ou o médico é responsável, junto à equipe multidisciplinar, por promover o acolhimento da mulher, proporcionando uma assistência sem julgamentos e preconceitos e oferecendo orientações que conduzam à decisão informada da mulher.


Além disso, é a(o) profissional de Medicina que será responsável pelo parecer técnico após avaliação clínica e análise dos exames complementares, como a ultrassonografia, atestando a compatibilidade da idade gestacional com a data alegada da violência sexual, e assim, descartando a possibilidade de se tratar de gestação decorrente de outra circunstância.


O foco do atendimento(o) da médica(o) deve ser sempre o acolhimento e o cuidado de saúde da mulher: sua história, seu sofrimento, seus sintomas clínicos e/ou psíquicos. Diante da decisão de interromper a gestação, o cuidado em minimizar o sofrimento da mulher deve estar presente ao longo de todos os procedimentos necessários.


É frequente no discurso de médicas, médicos e profissionais de saúde a alegação de que questões éticas os impedem de atuar no aconselhamento de mulheres que manifestem o desejo de abortar. Entretanto, profissionais de saúde ferem sua ética profissional quando omitem informações relevantes e cientificamente embasadas que podem salvar a vida de uma mulher que está decidida a abortar e que, para isso, vai recorrer a métodos muitas vezes perigosos.


Da mesma forma, constitui quebra de sigilo médico a denúncia às autoridades policiais de mulheres que provocaram aborto, apesar de esta ainda ser uma prática frequente em hospitais brasileiros.


Durante toda a assistência, seja da mulher que acabou de sofrer uma violência sexual, seja daquela que procura o serviço em um momento posterior para realizar

um aborto legal, as premissas da Norma Técnica de Atenção Humanizada ao

Abortamento enfatizam que a atitude da(o) médica(o) e das(os) profissionais de saúde deve ser guiada pelo não julgamento, pelo acolhimento, pela escuta qualificada, pela informação e pela orientação. #abortolegal #pelavidadasmulheres #forumabortolegalrs


Esta publicação é um fragmento do artigo publicado na Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Leia o artigo neste link.
 
 
 

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